Uma polêmica proposta em tramitação no Senado vem movimentando batalhões de todo o país e colocando em lados opostos oficiais e praças: a chamada desmilitarização da Polícia Militar.
O texto é de autoria do senador Lindbergh Farias 
(PT-SP) e altera a Constituição Federal de forma reorganizar a PM no que diz 
respeito à formação e treinamento dos policiais e, principalmente, acabar com a 
rigidez da instituição, dando maior autonomia para os profissionais. Na prática, 
se o projeto for aprovado sem modificações pela maioria dos 81 senadores, caberá 
a cada estado unificar as hoje existentes PM e Polícia Civil criando um novo 
grupo — de natureza civil — para atuar de forma ostensiva, preventiva e 
investigativa. 
A justificativa do autor da Proposta de Emenda à 
Constituição (PEC) 51 é que os “vícios da arquitetura constitucional” da 
segurança pública contribuem para o quadro “calamitoso” do setor no Brasil. “O 
ciclo da atividade policial é fracionado. As tarefas de policiamento ostensivo, 
prevenindo delitos, e de investigação de crimes são distribuídas a órgãos 
diferentes. A função de policiar as ruas é exclusiva de uma estrutura 
militarizada, força de reserva do Exército (a Polícia Militar), formada, 
treinada e organizada para combater o inimigo, e não para proteger o cidadão”, 
alega o senador Lindbergh Farias, para quem a desmilitarização da PM e a 
repactuação das responsabilidades vai gerar uma atuação de forma “mais 
humanizada” e romper com o “quadro dramático” da segurança no país
Fonte: ISABELLA SOUTO - Correio Braziliense 
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